Percepção da imagem corporal e comportamento de risco para transtornos alimentares em adolescentes: uma revisão integrativa.

Abstract

A adolescência é caracterizada por diversas transformações biológicas, emocionais e sociais pois é nesta fase que as características se manifestam de forma intensa, além de ser uma fase de grande vulnerabilidade na construção de uma imagem corporal. Esta último, se caracteriza por ser a forma como o indivíduo se vê, associada a sentimentos e pensamentos sobre como se sente em relação à percepção de seu corpo, e quando está insatisfeito, pode desenvolver comportamentos alimentares inadequados como induzir vômitos, restrição alimentar, a fim de alcançar o corpo idealizado. Adicionalmente, a busca incessante por se adequar aos padrões de beleza atinge diversos gêneros e transforma seus comportamentos. Esses comportamentos contribuem para o surgimento dos Transtornos Alimentares (TAs), entre os mais conhecidos estão: Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa. Suas causas estão ligadas a fatores biológicos, socioculturais, psicológicos e também familiares. Diante da importância da temática, foi realizada uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de avaliar o perfil de percepção da imagem corporal, assim como analisar a prevalência de comportamentos de risco para transtornos alimentares em adolescentes. Os critérios de inclusão foram: estudos em periódicos nacionais, em português, publicados nos últimos oito anos, que apresentassem considerações sobre a percepção da imagem corporal em adolescentes e o risco de desenvolver transtornos alimentares. Foram utilizadas as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Electronic Journals in Psychology (PePSIC), utilizando os seguintes descritores encontrados no DeCS: “mídias sociais”, ‘adolescentes”, “imagem corporal”, “bulimia nervosa, “anorexia nervosa”, “transtorno da compulsão alimentar”, “transtornos da alimentação”.Foram selecionados 9 artigos para compor a análise final que respondesse a questão norteadora: o que levava os adolescentes a insatisfação corporal e o risco de desenvolvimento de transtornos alimentares. A maioria dos artigos são estudos tranversais, com utilização de questionários, escalas e aferição de peso e altura, apenas um artigo é um estudo qualitativo, sendo feito a base de entrevista. A média de sujeitos de pesquisa foi de 13 a 16.608 adolescentes, na maioria dos artigos os jovens estavam eutroficos so que mesmo assim continuavam insatisfeitos com sua imagem corporal e ocorrendo o risco de desenvolverem transtornos alimentares, as meninas muitas vezes desejavam uma silhueta menor e os meninos gostariam de ganhar massa. Esta pesquisa é importante para alertar as pessoas a terem um olhar mais atento sobre o comportamento dos adolescentes em relação à sua imagem corporal, visto que muitos dos jovens estavam insatisfeitos devido as influências de familiares, amigos e da mídia, podendo leva-los, portanto, ao desenvolvimento de transtornos alimentares.