Avaliação tomográfica da incidência do canal mesiopalatino na raiz mesiovestibular dos primeiros molares superiores: revisão de literatura

Abstract

O primeiro molar superior é considerado um dos elementos dentários mais tratados endodonticamente e, devido a complexa morfologia relacionada ao seu sistema de canais radiculares (SCR), o sucesso em seu tratamento pode ser considerado como um procedimento extremamente desafiador. Diante disso, a utilização de recursos complementares como a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), também conhecida como cone-beam, são imprescindíveis para diagnosticar canais radiculares adicionais bem como executar de forma efetiva a terapia endodôntica. O propósito deste estudo foi para avaliar a incidência do conduto mesiopalatino na raiz mesiovestibular de primeiros molares superiores através de uma análise tomográfica. Foi realizado um estudo descritivo do tipo qualitativo. Foram localizadas 68 produções cientificas que se assemelhavam por descritores, das quais foram selecionados 18 artigos. Os artigos selecionados obedeciam aos seguintes critérios de inclusão: estudos publicados entre 2007 e 2017, e que respondessem a pergunta norteadora: qual a incidência de condutos mesiopalatinos em primeiros molares superiores e de que forma a TCFC pode contribuir para a sua detecção? Tivemos como resultado que a incidência do canal mesiopalatino é muito comum já que aparecem entre 55% a 70% das vezes na raiz mesiovestibular e que a TCFC contribui de uma maneira extremamente relevante no tratamento endodôntico. O uso da TCFC evita erros como a não localização de canais radiculares, pois não possui sobreposições de estruturas anatômicas em suas imagens, contribuindo, assim, com uma maior taxa de sucesso nos tratamentos endodônticos. Desta forma, este estudo pôde mostrar a importância do conhecimento prévio sobre a morfologia do SCR bem como sobre a necessidade de utilizar-se de recursos complementares sofisticados para o correto diagnóstico e tratamento de canais radiculares adicionais, a fim de evitar o insucesso na terapia endodôntica.