Fatores causais da Síndrome de Burnout em profissionais de medicina no Brasil

Abstract

Burnout é uma palavra inglesa que se refere a algo que deixou de funcionar por exaustão. Sendo comumente caracterizada por três dimensões; exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional. É uma síndrome que acomete inúmeros trabalhadores das mais diversas categorias profissionais. Principalmente os que se dedicam ao cuidado da saúde. Tendo em vista a grande pressão contra essa massa trabalhadora, principalmente contra os profissionais de medicina, sendo exigido que a força laboral seja cada vez mais qualificada; mediante forte pressão, metas inatingíveis e baixo reconhecimento profissional. A presente pesquisa buscou analisar os fatores causais da síndrome de burnout em profissionais de medicina no Brasil. Para tanto, é necessário discorrer sobre o estresse e suas definições, descrever as características do burnout, relatar a profissão de medicina no Brasil, identificar o perfil sociodemográfico de maior incidência da síndrome de burnout entre os médicos brasileiros, apontar os fatores desencadeantes da síndrome e identificar as medidas de enfrentamento do burnout sugeridas pelos autores dos artigos. Realiza-se, então, uma pesquisa de cunho exploratório, qualitativo e bibliográfico, utilizando-se do método de revisão integrativa de literatura. As buscas de dados foram realizadas pelas bases: SciELO, BVS e LILCACS, obtendo-se um total de 10 artigos para análise. Como resultado observou-se a prevalência da síndrome de burnout no sexo masculino, de idade entre 35 a 40 anos, casados ou que possuíam companheiras, com menos de 20 anos de experiência profissional. Os principais fatores estressantes no que tange o relacionamento mais direto com os usuários dos serviços médicos foram as complicações no atendimento a pacientes mais graves com condições complexas, a grande quantidade de pacientes por médico e a necessidade de lidar com o sofrimento e morte dos pacientes. No que tange a estrutura e ao ambiente ocupacional, foram o excesso de carga horária semanal juntamente com o ritmo acelerado de trabalho, a presença de ruídos excessivos, a falta de recursos materiais, a dificuldade para dormir em plantões noturnos e os problemas administrativos. E no que diz respeito ao trabalho em interdependência com outros profissionais, foram o baixo comprometimento da equipe e os relacionamentos dentro do ambiente de trabalho.