Comportamento alimentar e autopercepção da imagem corporal em estudantes dos cursos de estética e cosmética e fisioterapia

Abstract

O comportamento alimentar é muito complexo quando relacionado ao que o influencia, pois sofre o impacto dos padrões culturais, da mídia, entre outros. Sendo uma grande aliada a este, a mídia com divulgações que geram conflitos de informações, em que pode incidir com as distorções da imagem corporal. A imagem corporal é relevante para muitas pessoas, pois está envolvida e/ou correlacionada ao sucesso pessoal e profissional, principalmente, quando se trata de profissionais da área da saúde. Portanto, este projeto teve como objetivo analisar o comportamento alimentar e os fatores de riscos associados aos Transtornos Alimentares em estudantes dos cursos de Estética e Cosmética e de Fisioterapia. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em instituição privada do ensino superior, de Fortaleza - CE. Os instrumentos aplicados, adaptados para o português, foram: Questionário sobre a Imagem Corporal (BSQ); Escala de Figuras de Silhuetas Stunkard (FRS) e o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26), que abordam perguntas e figuras de aparência física e as atitudes alimentares. A amostra foi composta por 40 universitários de ambos os sexos, sendo n=17 da Estética e Cosmética e n=23 da Fisioterapia, tendo como média de idade 24 anos (DP ± 6,67). O escore médio do BSQ dos estudantes de Fisioterapia foram de 89,17 pontos (DP ± 39,64), de Estética e Cosmética foram de 108,65 pontos (DP ± 38,72), classificados no parâmetro com insatisfação leve. Segundo a classificação do EAT-26, no curso de Fisioterapia 5,60% apresentaram resultados positivos, assim como 5,88% do curso de Estética e Cosmética apresentaram risco de desenvolver transtornos alimentares. Em relação às escalas de silhuetas, observou-se que as mulheres estão mais insatisfeitas pelo excesso de peso, representando: 55,56% e 82,35%, para o curso de Fisioterapia e Estética e Cosmética, respectivamente. Entretanto, a insatisfação pode colaborar para a ocorrência de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares. Assim, é importante haver mais estudos nestes cursos para maior compreensão de distúrbios alimentares e de imagem corporal, uma vez que sofrem uma maior pressão sociocultural, quanto aos padrões estéticos.