Análise de excipientes farmacêuticos e sua toxicidade: uma revisão integrativa

Abstract

A contribuição farmacêutica para humanidade teve origem a centenas de anos, com a preparação de medicamentos e insumos de um modo rústico que com o decorrer da evolução humana e industrial passou a ser mais controlada por órgãos regulamentadores, como FDA – The Food and Drug Administration, responsável pela aprovação de medicamentos nos Estados Unidos e a ANVISA–Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no Brasil. Na preparação de medicamentos além do princípio ativo utilizado são utilizados também excipientes que são substâncias sem cunho terapêutico, porém usados como adjuvantes na estabilidade, propriedades organolépticas e físico-química dos fármacos. Tais excipientes podem ter características sintéticas ou semissintéticas, de simples até uma complexa mistura quimicamente heterogênea. Dessa maneira, possuem em suas próprias características que podem ter interação física ou química com os fármacos. Esse trabalho teve como objetivo analisar a legislação brasileira sobre os excipientes farmacêuticos assim como realizar uma revisão integrativa com evidências científicas publicadas em periódicos quanto as suas toxicidades frente as suas incorporações em formulações farmacêuticas. Para a seleção dos artigos foram utilizadas duas bases de dados, a saber: SciELO (Scientific Electronic Library Online) e PubMed, com o recorte temporal de 2008 até 2019. De acordo com os 7 artigos selecionados, 2 excipientes farmacêuticos foram descritos com potencial de provocar efeitos adversos, parabenos e polissorbatos foram os citados podendo causar reações alérgicas; hipersensibilidade, efeito carcinogênico. Além disso, podem estar associados aos disruptores endócrinos. Diante desse estudo, verificou-se a necessidade de mais estudos sobre os excipientes farmacêuticos com potencial de causar Reações Adversas a Medicamentos (RAM), em especial na população de mulheres em período fértil e população pediátrica, tornando esses estudos importantes para a clínica e contribuindo para que seja assegurada a saúde dos pacientes.