Uso de plantas medicinais e fitoterápicos na gestação por mulheres atendidas em um hospital filantrópico de Cascavel/CE

Abstract

Um dos principais recursos terapêuticos da medicina popular é a utilização das plantas medicinais e fitoterápicos. Eles estão presente na cultura popular e há anos vêm sendo utilizados com o propósito de prevenir e curar sintomas. Devido esta facilidade de acesso faz-se necessário cuidado redobrado no uso destas plantas, particularmente por gestantes, já que quando utilizados no primeiro trimestre da gestação, esses medicamentos podem apresentar resultados de toxicidade, teratogenicidade e abortivo. O estudo tem por objetivo avaliar o uso de plantas medicinais e fitoterápicos durante a gestação em mulheres atendidas em um hospital filantrópico de Cascavel/Ce, assim como o conhecimento das gestantes e puérperas sobre essas. Trata-se de um estudo de natureza descritivo, quantitativo, prospectivo, transversal. A entrevista ocorreu no leito de internação e na sala de espera e a escolha das entrevistadas foi feita por conveniência e após aceitação das mesmas, sendo entrevistadas 34 pacientes entre gestantes e puérperas no período de outubro a novembro de 2020. Com o presente estudo foi possível identificar que a grande maioria das participantes eram jovens, trabalhadoras, casadas, interioranas e com escolaridade de ensino médio. 26% relataram fazer uso de um ou mais tipos de plantas medicinais ou fitoterápicos, onde as espécies mais utilizadas foram a Erva doce (Foeniculum vulgare Miller), Capim Santo (Cymbopogon citratus) e a Cidreira (Lippia alba). Sendo consumidas principalmente no terceiro trimestre da gestação. Devido as mesmas desconhecerem suas contraindicações, especificamente neste período da gestação onde é maior os perigos para feto/mãe. Finalmente, vale salientar a necessidade de um maior conhecimento dos profissionais de saúde sobre as plantas medicinais utilizadas por esta população.