Evidências científicas sobre prevenção de reações e manuseio de dispositivos às pessoas com câncer de cabeça e pescoço

Abstract

O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, e impressiona por sua incidência e prevalência. Dentre os tipos de câncer, têm-se os localizados nas regiões de cabeça e pescoço (CCP), que entre as principais causas estão a associação de alcoolismo e tabagismo, responsáveis por mais de 75% dos casos. Os tratamentos incluem: cirurgia, quimioterapia e radioterapia, sendo que, trazem reações aos pacientes, tais como: disfonia, radiodermatite, xerostomia, disfagia, disgeusia, mucosite oral, rouquidão, além da necessidade de utilização e manejo de dispositivos. O objetivo geral da pesquisa é analisar as evidências científicas sobre prevenção de reações e manuseio de dispositivos às pessoas com câncer de cabeça e pescoço. Trata-se uma “Revisão Integrativa” realizada de julho a outubro de 2020 em Fortaleza-Ceará. Para tanto, executou-se um levantamento bibliográfico na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), pelos descritores “Cuidados de enfermagem” e “Neoplasias de cabeça e pescoço”, “Enfermagem oncológica” e “Neoplasias de cabeça e pescoço”, com uma amostra final de 18 artigos. A análise resultou em: seis estudos descritivos como maioria (33,3%), de abordagem qualitativa utilizada em onze artigos (61,1%), a Revista da Escola de Enfermagem da USP foi a que teve maior quantidade, com cinco (27,77%) publicações, os anos de 2015, 2016, 2018 e 2020 tiveram o mesmo número de publicações, três (16,7%) cada. Após análise, se deu a construção de três categorias temáticas, a destacar: 1) Assistência de enfermagem às pessoas com câncer de cabeça e pescoço (08 artigos); 2) Reações e dispositivos: prevenção e manejo das complicações (07 artigos) e 3) Dificuldades na realização dos cuidados às pessoas com câncer de cabeça e pescoço (04 artigos). Os achados das categorias apontaram para a necessidade de conhecimento específico em oncologia, realização de consultas de enfermagem para o planejamento individualizado dos cuidados, a falta de informações sobre o correto manejo de dispositivos e a sobrecarga no exercício do papel de cuidador da pessoa com CCP. Para tanto, sugere-se estudos futuros que estudem com maior profundidade todos esses aspectos.