As implicações psicológicas e sociais do suicídio nos modos de subjetivação dos sobreviventes enlutados

Abstract

O suicídio configura-se como um fenômeno de saúde pública que abrange todo o planeta. Os sobreviventes enlutados, são aqueles que perderam alguém por esse fato e que são atravessados por conseqüências sociais e psicológicas. A cada 45 segundos, uma pessoa se suicida no mundo (BOTEGA, 2014), deixando entre 5 a 10 pessoas, aproximadamente, imersas num processo de luto específico e colocando-as num contexto de alto risco para o suicídio (RUCKERT; FRIZZO; RIGOLI, 2019). Este fato demonstra a importância de estudar e compreender os elementos que perpassam esta experiência, a fim de promover estratégias de cuidado aos sobreviventes enlutados (ROCHA; LIMA, 2019). Mediante estas implicações, o objetivo geral desta pesquisa é analisar as repercussões sociais e psicológicas do suicídio nas subjetividades dos sobreviventes enlutados. O procedimento metodológico adotado consiste num estudo de natureza qualitativa, do tipo de pesquisa bibliográfica sistemática. A partir do estudo, verificou-se que os sobreviventes vivenciam diversos tipos de processos/sentimentos, tais como: preconceito, isolamento social, culpa, raiva, angústia, abandono, solidão e impotência, dentre outros fatores, que dependendo do processo de elaboração psíquica, podem facilitar ou dificultar o processo de ressignificação.