Perfil nutricional, comportamento alimentar e estratégias nutricionais de crianças com transtornos do espectro autista: uma revisão de literatura

Abstract

Sabe-se que o Autismo, conhecido também como Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por uma variedade de desordens no desenvolvimento psicomotor que afeta a capacidade de comunicação, interação interpessoal e do estado comportamental do indivíduo, normalmente acometido com a seletividade alimentar causando possíveis carências nutricionais, principalmente no que diz respeito aos níveis de macro e micronutrientes na dieta. Diante desse contexto, o objetivo desse trabalho foi compreender, através da revisão de literatura, qual o perfil nutricional e comportamento alimentar mais frequente de crianças com TEA, assim como as principais estratégias nutricionais mais empregadas que possam interferir positivamente em aspectos gerais de comportamento e alimentação. Trata-se de um estudo de revisão de literatura sistemática que tem como principais perguntas norteadoras as seguintes: Qual é o estado nutricional e comportamento alimentar mais frequente em crianças acometidas com TEA? Quais as estratégias nutricionais impactam positivamente no comportamento estereotipado e a nutrição de crianças acometidas com TEA? Para isso realizou-se uma revisão sistemática de literatura. A partir de uma busca estruturada e abrangente em base de dados eletrônicas, 27 estudos foram recuperados e incluídos na revisão. Os critérios de inclusão definiam ser artigos originais relacionados com TEA com perfil, comportamento e estratégias nutricionais. Observou-se que a maior parte dos trabalhos apontaram para a instalação de um quadro antropométrico de sobrepeso e obesidade, associado a inadequações no perfil nutricional, acompanhado de comportamentos alimentares não saudáveis e sintomas gastrointestinais. Conclui-se que o perfil nutricional, comportamento alimentar e as estratégias nutricionais foram em sua maioria eficientes para transgredir comportamento alimentar não saudável e sintomas gastrointestinais, indicando uma melhora na qualidade de vida dessas crianças.