Monitoramento de postos de coleta de leite humano vinculados a um banco de leite humano de uma maternidade escola de referência em Fortaleza-CE

Abstract

O Leite Humano é o principal alimento para os bebês, pois contém fontes de vitaminas, proteínas, e nutrientes que são essenciais para o desenvolvimento infantil, por esse motivo esse alimento precisa está isento de contaminações para não ocasionar infecções aos recém-nascidos. Objetivo desse trabalho foi monitorar a qualidade das amostras obtidas a partir de Postos de coleta de Leite Humano (PCLH) vinculados a um Banco de Leite Humano (BLH) de uma maternidade de referência do estado do Ceará, visando identificar quais postos estão gerando mais não conformidades para futuras ações de ajuste de procedimentos para garantir um maior aproveitamento do leite humano coletado. O trabalho foi de caráter transversal, quantitativo e retrospectivo. O estudo foi realizado com dados de planilhas já existentes fornecidas pelo BLH em questão, foram criados gráficos dos Indicadores de perdas por acidez alterada e sujidades de Leite Humano Ordenhado Cru (LHOC) e Leite Humano Ordenhado Pasteurizado (LHOP) das amostras dos 6 PCLH em questão. No Indicador 1, mostra a perda do LHC por acidez alterada, o PCLH2 teve perda de 33%, 18% e 43% do leite nos meses de setembro, outubro e dezembro, respectivamente, já o PCLH6 foi o posto que mais apresentou perdas distribuídas ao longo do ano, sendo considerável as observadas nos meses de fevereiro (11%), maio (31%), setembro (13%) e novembro (23%). O Indicador 2 refere-se a perda do LHOC por sujidades, o PCLH5 e PCLH6 foram os que mais tiveram perdas durante o ano, com picos de 238% em março no PCLH 5 e pico de 200% em abril no PCLH 6. O Indicador 3 mostra a perda do LHOP por sujidades, onde o PCLH6 registrou mais perdas (setembro: 18%; novembro: 14%), observam-se também picos relativamente altos no PCLH2 (57% em maio) e PCLH1 com pico de 47% no mês de fevereiro. Os resultados revelam que o PCLH 6 é o mais envolvido com perdas, seguido do PCLH 5 e do PCLH 2. Deduz-se que há necessidade de identificar o porquê dessas não conformidades encontradas nos leites recebidos de mães doadoras desses locais, bem como se o posto de coleta deve melhorar a comunicação para passar conhecimento de como fazer a extração e armazenamento adequado, para conseguir o maior volume possível de leite materno aprovado e garantir o alimento para bebês que estão necessitando.