Evidências científicas sobre os aspectos clínicos e cuidados na incontinência urinária durante o puerpério

Abstract

A incontinência urinária (IU) consiste na perda involuntária de urina ocorrendo entre as mulheres em todas as faixas etárias inclusive no pós-parto. Dentre os fatores de risco para a IU no puerpério, destacam-se os seguintes aspectos clínicos: fatores obstétricos, as mudanças gravídicas, o tempo prolongado do trabalho de parto, o período expulsivo, dentre outros. Para tanto, a IU pode ser evitada na maioria dos casos e os cuidados de enfermagem como treinamento dos músculos do assoalho pélvico e medidas de educação e saúde surgem como estratégias eficientes. O objetivo geral é: analisar os aspectos clínicos e cuidados realizados na IU durante o puerpério evidentes na literatura científica. Trata-se uma “Revisão Integrativa” realizada de janeiro a maio 2020 em Fortaleza-Ceará. Para tanto, realizou-se um levantamento bibliográfico na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a na Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), com uma amostra de 18 artigos. A análise mostrou: os descritores: IU x Puerpério abordaram a maioria das publicações com 14 (77,7%), a maior parte estavam na SCIELO com 16 (88,88%), o periódico que se destacou foi a Revista da Escola de Enfermagem da USP com quatro (22,22%) publicações, os anos que se destacaram foram: 2017 e 2012 com três (16,66%) publicações cada e os métodos de pesquisa sobressaiu o Estudo Transversal com nove (50%) publicações. Da análise sugiram quatro categorias temáticas, a destacar: 1) Intervenções para a prevenção e tratamento da IU (04 artigos); 2) Disfunções do Assoalho Pélvico: manifestações clínicas (04 artigos); 3) Fatores de riscos e prevalência da IU no puerpério (07 artigos) e 4) Sinais e sintomas apresentado pelo trato urinário no puerpério (03 artigos). A categoria 3, a mais expressivas, mostrou que a presença de IU na gestação, multiparidade, idade gestacional no parto maior ou igual a 37 semanas e constipação foram os principais fatores de risco. Os achados do estudo apontam para a necessidade da identificação dos principais aspectos clínicos da incontinência urinária em mulheres no pós-parto, bem como a importância do planejamento dos cuidados de enfermagem à mulher que vivencia o período reprodutivo.