Prevalência do uso de cigarro eletrônico por acadêmicos de um centro universitário privado em Fortaleza, Ceará

Abstract

Introdução: O cigarro eletrônico surgiu por volta dos anos 2000, na China, como alternativa de fumo em locais proibidos. Sua popularização se consolidou nos Estados Unidos, sendo utilizado frequentemente na população juvenil e universitária, tendo como motivação uma crença errônea de que o dispositivo é menos nocivo do que os cigarros convencionais. O seu funcionamento acontece por aquecimento de aerossóis líquidos compostos por acetato de vitamina E através de várias essências. O uso contínuo do dispositivo eletrônico se associa a várias condições de saúde cardiovasculares e respiratórias, como a EVALI. Objetivo Geral: Conhecer a prevalência do uso do cigarro eletrônico por acadêmicos de um centro universitário privado em Fortaleza, Ceará. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal de cunho quantitativo, a pesquisa foi realizada no Centro Universitário Fametro, localizado no município de Fortaleza, Ceará. A coleta de dados iniciou após aprovação do Comitê de Ética, através de um questionário online na plataforma google forms. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, maiores de 18 anos, regularmente matriculados em qualquer curso de graduação ofertado pela a instituição e excluídos indivíduos que não finalizaram adequadamente o preenchimento do formulário. Resultados e Discussão: Participaram da pesquisa 150 estudantes, sendo 107 (71,3%) do sexo feminino, com predomínio para a faixa etária entre 18 a 25 anos (n=117; 78%). Destes, a prevalência do uso de cigarro (CE) eletrônico foi de 5,3% (n=8), sendo que a grande maioria dos participantes todos conhecem o dispositivo (n=147; 98%) e iniciaram o uso do CE antes de ingressar no ambiente universitário, com predomínio para a faixa etária de 16 a 20 anos (n=5; 62,5%) sempre associado ao consumo do álcool (n=8; 100%) e n=6; 75% responderam acreditar que o uso do CE possui relação com câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica. Conclusão: Conclui-se que, na população estudada, a prevalência do uso de cigarro eletrônico foi de 5,3%, sendo a maior prevalência quanto ao uso encontrada no centro de ciências da saúde.