Estratégias nutricionais no tratamento da enxaqueca: uma revisão integrativa

Abstract

Introdução: A enxaqueca ou cefaleia migrânea é um distúrbio neurológico comum acompanhado por dores de cabeça intensa que acomete um número significativo de indivíduos, sendo capaz de comprometer a qualidade de vida e as atividades diárias, apresentando um elevado impacto social e econômico. Estratégias nutricionais vêm sendo utilizadas no tratamento da enxaqueca, revelando importantes resultados na remissão dos sintomas. Objetivo: revisar na literatura evidências sobre estratégias nutricionais na sintomatologia da enxaqueca. Metodologia: trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa elaborada a partir da seguinte pergunta norteadora: Há evidências sobre estratégias nutricionais na sintomatologia da enxaqueca? A busca de dados foi realizada com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Submete Headings (MESH) na língua inglesa: Nutrition Therapy OR Diet AND Migraine, na base de dados Medical Literature and Retrivial System onLine (PUBMED). Adotou-se como critérios de inclusão ensaios clínicos publicados na língua inglesa entre os anos de 2018 e 2022, disponíveis na íntegra, que respondessem à pergunta norteadora. Foram excluídos trabalhos do tipo revisão, ensaios clínicos realizados com gestantes, ou que analisassem outras doenças em associação com a enxaqueca. Resultados: após a aplicação dos critérios de elegibilidade foram selecionados 10 estudos que possuíam maior predominância de realização no Irã (n=7), mas houve também nos Estado Unidos (n=1), na Suíça (n=1) e no Brasil (n=1). Quanto às características da amostra, os estudos foram realizados com pessoas de ambos os sexos, com exceção de um estudo que analisou apenas mulheres. As principais intervenções nutricionais encontradas nos estudos foram com a utilização de suplementos nutricionais como ômega 3, beta-hidroxibutirato, zinco, ácido alfalipoico, nanocurcumina, vitamina D, canela e gengibre, que mostraram resultados positivos principalmente quanto à frequência, intensidade, duração e/ou gravidade das dores de cabeça mensuradas através de ferramentas como: testes para obtenção do resultado do diário de dor de cabeça (HDR), teste de impacto da dor de cabeça (HIT 6) e pontuação do índice de enxaqueca (MHIS). Conclusão: Uma alimentação com potencial antioxidante e anti-inflamatórios, tem se mostrado de fundamental importância para a melhora das crises de enxaqueca, bem como o uso de suplementos e fitoterápicos mostrando eficácia na prevenção e no tratamento da enxaqueca. Através do estudo realizado, constatou-se que a suplementação de nutrientes apresenta bons resultados diante dos sintomas como frequência, duração e gravidade da enxaqueca. Porém, ainda são necessárias mais pesquisas para que sejam consolidadas as condutas.