A saúde do homem e seus desafios relacionados à adesão ao rastreamento do câncer de próstata: revisão narrativa reflexiva

Abstract

O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum em homens no Brasil. E o segundo em termos de mortalidade por câncer. Nesse sentido, objetivou-se refletir sobre o contexto da saúde do homem é seus desafios à ao rastreamento do câncer de próstata, de acordo com a literatura nacional. Trata-se de ensaio teórico do tipo reflexivo, de natureza exploratória e com abordagem qualitativa, construído com base na leitura crítica de estudos científicos mais atuais, que referenciam sobre o contexto da saúde do homem e seus desafios à adesão ao rastreamento do câncer de próstata. Por se tratar de um artigo de reflexão, e não uma revisão de literatura, não se delineou especificamente critérios de exclusão e inclusão para a seleção do material bibliográfico. O percurso metodológico incluiu, primeiramente, o levantamento bibliográfico, por meio do qual se realizou uma pesquisa exploratória de documentos em formato eletrônico presentes na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico. A análise crítica do material reunido, após os dados serem condensados e explorados, foi agrupada por semelhança para subsidiar a discussão, processo pelo qual os resultados analisados fizeram emergir três eixos reflexivos temáticos, a saber: I) A saúde do homem; II) Política nacional da saúde do homem; e III) O câncer de próstata. Ao finalizar está pesquisa, tivemos a percepção de que se faz necessário não somente a prática da assistência, mas também a empatia, no tocante à relação profissional da saúde/paciente. Pois muitos homens trazem consigo além das questões culturais, também há as questões sociais, a dificuldade de acesso ao serviço de saúde e a falta de campanhas educativas sobre a doença e seus meios de diagnóstico precoce, são verdadeiros agravantes e refletores dos altos índices de câncer de próstata no Brasil. Essas questões são difíceis de serem modificadas. 1 a cada 5 homens, se recusa a realizar o rastreamento de próstata. Assim, cabe às Unidades Básicas de Saúde traçar ações diferenciadas sobre todas as atividades que envolvam a saúde masculina, uma vez que as UBS são a porta de entrada para esses pacientes.