O lúdico como estratégia para crianças com transtorno do espectro autista

Abstract

A Educação física tem um papel importante na intervenção e contribuição no Transtorno do Espectro Autista. Ao se realizar uma intervenção através da ludicidade, conforme Brites (2020), pode- se possibilitar um melhor desempenho e interação no campo cognitivo, psicomotor e socioafetivo de crianças com TEA. O objetivo geral dessa pesquisa foi avaliar as possibilidades do lúdico como estratégia para o desenvolvimento de crianças com TEA. De forma específica este: Identificou as práticas lúdicas mais efetivas para intervenções no TEA; descreveu as estratégias de ensino mais bem utilizadas; e ainda apontou os aspectos desenvolvidos com as práticas lúdicas. Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, de abordagem qualitativa, feita a partir de uma revisão integrativa com todos os seus passos. A partir de pesquisa na BVS, selecionou-se 5 artigos, cujos resultados foram analisados em seis categorias: Estudo, Autores/Publicação, Objetivo, Metodologia, Principais resultados e Conclusão. Os principais resultados apontaram que o lúdico promove a socialização, o autocuidado, promovendo experiências importantes, e que o professor contribui efetivamente no processo de ensino e aprendizagem ao escolher e prescrever coerentemente as práticas lúdicas. Concluiu-se que, ao constatar que o autismo está inserido na sociedade, é um tema que precisa ser mais discutido pelos professores de Educação Física, para realização de mediações e intervenções alinhadas às necessidades destas crianças. Viu-se aqui que é preciso uma atuação interdisciplinar, envolvimento e compromisso dos profissionais, onde a seleção dos conteúdos e as estratégias e/ou metodologias abordadas devem estar sempre dentro das necessidades da criança, contando para isso, com o apoio por parte de instituições de ensino e do poder público para o investimento na formação continuada dos professores.