Influência familiar nas práticas alimentares na primeira infância em alunos de um centro de educação infantil em um município cearense

Abstract

A alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, em especial na primeira infância. Os pais e responsáveis pela criança são os protagonistas na determinação da oferta, preferências e frequência de consumo de alimentos, saudáveis ou não, que podem repercutir em longo prazo nos hábitos alimentares dos indivíduos quando adultos. Diante disso, o objetivo desse estudo é investigar a influência da família na formação das práticas alimentares na primeira infância, em alunos de um Centro de Educação Infantil de um município cearense. Trata-se de uma pesquisa de campo com natureza quantitativa, com recorte transversal do tipo descritiva, realizado no Centro de Educação Infantil, localizado no município de Ocara, no estado do Ceará. A população do estudo foi composta por alunos (as) com faixa etária entre 3 e 6 anos de idade, de ambos os sexos e seu respectivo responsável (mãe ou pai). A coleta de dados se procedeu com a aplicação de questionário contendo perguntas fechadas sobre variáveis socioeconômicas, consumo alimentar da família e conduta alimentar, aplicados com os responsáveis pelas crianças. Observou-se que a maioria dos responsáveis relata não comer verduras e legumes e frutas todos os dias, o qual repercutiu na oferta desses alimentos para as crianças. Ademais, apenas a minoria dos participantes não estabelece limite diário no consumo de salgadinhos, guloseimas ou refrigerante ao seu filho (a). Além disso, acreditam que em uma das refeições diárias a sobremesa das crianças pode ser um doce. Nas ações sugestivas de persuasão positiva e insistência, a maioria dos pais insiste para o filho (a) comer mesmo se ele diz “não estou com fome”, além de dizer para seu filho (a) que um alimento vai deixá-lo saudável, inteligente e forte e o quanto gosta da comida. Conclui-se que os padrões, percepções e condutas alimentares presentes no grupo familiar da criança influenciam no padrão de consumo destas, assim como nas suas preferências alimentares em decorrência da maior ou menor oferta praticada pelos responsáveis, definindo um comportamento e padrão alimentar com baixo consumo de alimentos fontes de vitaminas, minerais e fibras, assim como, uma baixa prevalência do consumo de guloseimas diariamente.