Dor associada ao estresse percebido em acadêmicos da área da saúde em uma instituição de ensino superior de Fortaleza – Ceará

Abstract

A dor musculoesquelética (DME) apresenta alta prevalência na população mundial e sofre influência de diversos fatores como o estresse, que apresenta grande chance de surgir no período universitário. Portanto, objetivou-se identificar se há relação entre a percepção do estresse e a intensidade de dor em acadêmicos da área da saúde. Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa ocorrido em uma Instituição Privada de Ensino Superior localizada em Fortaleza - CE durante abril a maio de 2022. A relação entre a intensidade de dor relacionou-se com fatores específicos dos estresses percebido. Pode-se deduzir que a amostra apresentou nível moderado de estresse e moderado a alto de intensidade de dor com face anterior da cabeça, parte posterior do pescoço, região dos rombóides, coluna torácica e coluna lombar baixa como locais mais incidentes de dor. Como tratamento para a dor, a utilização de medicamentos se sobrepôs ao exercício físico. Conclui-se que não há relação entre a intensidade de dor e o estresse em seus aspectos gerais (p= 0,345) mas há em domínios específicos. Em contraponto com a literatura não houve diferença significativa entre estresse e o gênero ou semestre, nem entre o semestre e a intensidade da dor. Os acadêmicos acima de 44 anos terem sido excluídos da pesquisa por terem alguma doença crônica e/ou fazerem uso contínuo de medicamentos sugere novas hipóteses de pesquisa.