Impacto da fisioterapia nas disfunções miccionais e sexuais em pacientes prostatectomizados

Abstract

INTRODUÇÃO: O câncer de próstata (CP), conforme o INCA, é a segunda neoplasia mais frequente em homens no mundo, atrás somente do câncer de pele não melanoma, sendo considerado um problema de saúde pública. A prostatectomia radical (PR), atualmente é a técnica padrão ouro para o tratamento de CP, no entanto, a prostatectomia pode acometer possíveis danos no sistema nervoso autônomo, causando lesão no sistema parassimpático que resulta nas complicações urinárias e eréteis. A fisioterapia pélvica é especializada em intervenções conservadoras, ou seja, não cirúrgica e não farmacológicas para problemas relacionados a complicações como a incontinência urinária (IU) e disfunção sexual. OBJETIVO: Analisar os impactos da fisioterapia nas disfunções miccionais e sexuais em pacientes prostatectomizados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, realizado nas bases de dados: MEDLINE/PUbMed, Scielo e PEDro, sem corte temporal. Os critérios de inclusão foram: estudos de caso controle, ensaio clínico randomizados, não randomizados e meta-análise, com a utilização da estratégia PICO para formulação da questão de pesquisa e busca, artigos originais em língua portuguesa e inglesa. Os critérios de exclusão foram: arquivos indisponíveis para leitura nas bases de dados; artigos de revisão; duplicados; literatura cinzenta; capítulos de livros; teses e dissertações; além de palestras e resumos de congressos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Previamente, na pesquisa houve um número reduzido de estudos publicados com relação a temática escolhida, que embora apresentando algumas pesquisas disponíveis, a quantidade de estudos encontrados sobre o assunto ainda se trata de algo escasso em nosso meio. A partir dos estudos discutidos, a fisioterapia, em particular o treinamento dos músculos do assoalho pélvico, desempenha um papel importante na recuperação da continência urinária e na melhora da função erétil em homens submetidos à prostatectomia radical. Embora alguns estudos tenham mostrado resultados positivos com relação à recuperação da continência urinária e função erétil, outros, no entanto, não obtiveram efeitos significativos após o tratamento fisioterapêutico. CONCLUSÃO: Este estudo enfatiza a importância da fisioterapia nos problemas miccionais e nas disfunções sexuais em pacientes prostatectomizados. O treinamento dos músculos do assoalho pélvico também pode contribuir para a melhora do controle ejaculatório e redução da ocorrência de climactúria.