O efeito do uso de anti-inflamatório no treinamento de resistência: uma revisão integrativa

Abstract

A utilização exógena de fármacos anti-inflamatórios com fins ergogênicos entre indivíduos praticantes de treino de resistência tem se tornado bem comum, seu uso é realizado desordenadamente por vários motivos, entre eles a possibilidade de recuperação, melhoria de desempenho físico e uso de caráter preventivo. O objetivo dessa Revisão Sistemática foi analisar entre os estudos na literatura atual se o efeito do uso de anti-inflamatório produz desfechos ergogênicos ou profiláticos em indivíduos saudáveis no treinamento de resistência. O cenário da pesquisa partiu desse objetivo, as pesquisas foram feitas com critérios de confiabilidade dos estudos, ensaios clínicos randomizados, duplo cego, onde foram catalogados em 4 bases de dados eletrônicos PubMed, Scielo, Lilacs, e Google Acadêmico. Participaram da pesquisa indivíduos jovens/adultos do sexo masculinos, saudáveis praticantes de musculação que já tenha experiência com o treinamento de resistência alguma vez. Para a coleta de dados foram utilizadas estratégias de busca, como operadores booleanos, leitura dos resumos e título, além da análise integral dos artigos na íntegra. Os principais resultados apontam que o uso de anti-inflamatório não esteroide para fins ergogênicos em uma única sessão de treino não obteve diferença estatisticamente significativas em relação ao placebo, os estudos que fizeram a pesquisa em uma periodização constataram que a dor induzida por exercício diminuiu devido a ação anti-inflamatória, o desempenho melhorou, porém ao longo dos dias esses resultados foram diminuindo, conforme esperado, já o uso de um antioxidante com ações anti-inflamatória quercetina (Q) obteve resultados positivos em detrimento dos outros fármacos . Conclui-se que com base nesses achados se torna precipitado o uso desordenado desses fármacos com objetivo ergogênicos e profilático, onde não se constatou efeitos significativos.