Fatores relacionados às interações medicamentosas em idosos em instituições de longa permanência

Abstract

O uso de medicamentos por idosos é um tema pertinente na atualidade, uma vez que estes fazem uso de muitos. O grande problema relacionado a isso são as interações medicamentosas que advém com o uso de medicamentos. Os serviços de saúde no cuidado voltados a esse público assumem uma grande importância nesse contexto de utilização, onde há as Instituições de Longa Permanência (ILPI), como exemplo desse tipo de serviço. Esse tema torna-se importante face ao aumento da população idosa e ao emprego de vários medicamentos por este grupo etário e à ocorrência possível a associações redundantes, eventos adversos e a preocupante incidência de interações medicamentosas potencialmente prejudiciais. Este estudo tem como objetivo descrever os fatores relacionados às interações medicamentosas que podem ocorrer em idosos em Instituições de Longa Permanência. Trata-se de estudo de revisão integrativa, realizado no período de Janeiro a Junho de 2021 através da busca em artigos a temática em questão através de bases de dados confiáveis como BVS/LILACS, SCIELO e PUBMED, resultando em 9 artigos selecionados após leitura na íntegra. Os fatores encontrados nos estudos levando-se em consideração a vulnerabilidade dos idosos e os muitos desfechos negativos nesse contexto, foram o aumento das doenças crônicas; a polifarmácia; medicamentos potencialmente inapropriado acima de 60 anos; grupos farmacológicos de risco potencial; erros de prescrição; a demência e outras condições de saúde, em declínio na pessoa idosa; a própria condição de envelhecimento; o tempo de institucionalização e a automedicação. Estudos sobre o uso de fármacos pela população idosa são válidos para conhecer o padrão de consumo de medicamentos e avaliar suas reais necessidades, como em identificar situações de risco e levantar reflexões sobre a segurança dos medicamentos e ações relacionadas à prescrição, dispensação e o uso racional, como na incorporação de novas evidências científicas para que gestores e profissionais de saúde possam compreender melhor esses fatores de exposição e adequar possíveis intervenções qualificando a mais os serviços nessas instituições.