Fisioterapia aquática em pacientes hipertensos: uma revisão integrativa

Abstract

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um distúrbio multifatorial que, geralmente está associada há disfunções em órgãos alvos, distúrbios metabólicos, sendo um indicador de mortalidade cardiovascular e cerebrovascular. Dessa forma, o exercício físico contribui para o controle da patologia, pois age diretamente na sensibilidade barorreflexa e biodisponibilidade do óxido nítrico, condições que favorecem o controle da HAS. Nesse contexto a fisioterapia aquática utiliza técnicas no ambiente aquoso e associada a temperaturas elevadas e suas propriedades desencadeia efeitos sob a pressão arterial. Objetivos: Investigar se a fisioterapia aquática gera efeitos em pacientes hipertensos; analisar quais técnicas utilizadas durante o atendimento de fisioterapia aquática; verificar se a interferência dos efeitos químicos e físicos promove hipotensão pós exercício; verificar se há comorbidades associadas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de ensaios clínicos controlados aleatorizados, que aborda a seguinte questão PICOS: quais efeitos hipotensores da fisioterapia aquática em pacientes hipertensos. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi relatar os efeitos agudos e/ou crônicos, dos atendimentos fisioterapêuticos realizados em meio aquoso, nas alterações hemodinâmicas da pressão arterial de indivíduos em qualquer faixa etária, condição clínica de saúde ou doença. Foram consultadas as bases de dados: Pubmed, Lilacs, PEDro e Scielo. Os termos de busca foram: (‘’Hydrotherapy’’ OR ‘’Heated Exercis*’’OR ‘’Aquatic Physiotherapy’’) AND (‘’Physical Exercis*’’) AND (‘’Hypertension’’ OR ‘’High blood pressure’’). Consideramos estudos na língua portuguesa e inglesa, sem corte temporal. Resultados/Discussão: O ambiente aquoso associado a temperaturas elevadas, e com a combinação de exercícios aeróbicos e resistidos potencializa modificações em fatores que estão interligados na redução da HAS, tais como, sensibilidade barorreflexa, biodisponibilidade de óxido nítrico, resistência vascular periférica, entre outros. Levantamentos como este auxiliam no fortalecimento de mais uma modalidade da fisioterapia, além de servir como instrumento para contribuir em protocolos de atendimentos futuros. Considerações finais: Devido à escassez de pesquisas que tenham a especificidade da fisioterapia aquática com uma boa qualidade metodológica, ainda é necessário ensaios que apresentem efeitos crônicos na redução dos níveis pressóricos bem como investigações mais claras e consistentes no grupo de pacientes hipertensos.