Imagem corporal e perfil de comportamento alimentar de adolescentes brasileiros: uma revisão integrativa da literatura

Abstract

A Imagem Corporal (IC) consiste na relação que o ser humano possui sobre o tamanho e a forma do próprio corpo, sendo socialmente construída e vinculada ao capitalismo e à mídia, os quais ditam comportamentos à sociedade e influenciam o comportamento alimentar dos diversos sujeitos, principalmente dos adolescentes, por se tratar de uma fase da vida de grandes modificações devido aos hormônios que estão sendo produzidos e estimulados nesse processo. Esse período de transformação pode estar sujeito ao acometimento de percepções inadequadas de sua imagem corporal e, dessa forma, repercutir em comportamentos alimentares disfuncionais perpetuados para fases futuras. Diante disso, o objetivo deste estudo foi identificar a relação da imagem corporal com o perfil de comportamento alimentar de adolescentes. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, apresentando os seguintes critérios de inclusão: artigos brasileiros, publicados nos últimos cinco anos, com delineamento metodológico transversal ou observacional-analítico que contemplassem discussões sobre a relação da imagem corporal e comportamento alimentar em adolescentes, indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem Online). Foram utilizadas combinações entre as seguintes palavras-chave, consideradas descritores no DeCS (Descritores em Ciências de Saúde): “Imagem corporal”, “Comportamento alimentar”, “Adolescente”, “Insatisfação corporal”. Foram excluídos da amostragem os artigos duplicados e os artigos de revisão de literatura, teses e dissertações. Após análise minuciosa dos artigos selecionados, apenas 10 foram incluídos no estudo. Evidenciou-se que a distorção da imagem corporal e o comportamento alimentar estão intimamente ligados, tendo o período da adolescência como destaque. Recomenda-se, dessa forma, que profissionais, como os de saúde e educação, fiquem atentos para questões que podem desestabilizar o comportamento alimentar de adolescentes