Análise das informações obrigatórias, teor de fibra e ácidos graxos ômega-3 em rótulos de sementes de linhaça

Abstract

A rotulagem nutricional tem como objetivo informar o consumidor sobre a qualidade nutricional de determinado alimento, sendo o principal meio de comunicação entre o consumidor e vendedor. Através dela, o consumidor tem o conhecimento para que possa optar por uma dieta o mais saudável dentro de suas possibilidades. A estrutura de um rótulo engloba as informações gerais como lista de ingredientes, prazo de validade, origem, número do lote, conteúdo líquido, informação nutricional obrigatória, dentre outras. O presente estudo teve como objetivo verificar se as informações gerais e nutricionais no tocante à quantidade de fibras e ácidos graxos ômega-3 em rótulos de sementes de linhaça estão de acordo com a legislação vigente. As amostras foram adquiridas na qualidade de consumidor em nove supermercados de Fortaleza–CE, no mês de janeiro e fevereiro de 2021. Analisou-se a adequação das seguintes resoluções da ANVISA: RDC n° 259/2002; RDC no 359/2003; RDC no. 360/2003; RDC no 54/2012 e RDC no 26/2015. Além disso, analisou-se a lei no 10.674, de 16 de maio de 2003. Observou-se o descumprimento da legislação na RDC 259/2002 na qual três amostras (14%) obtiveram inconformidade. Somente uma amostra não atingiu o valor mínimo exigido para ser considerado “fonte de fibras”. A média foi de 4,02 g por porção, sendo considerada em sua maioria, portanto, um alimento fonte de fibras. Sobre o ômega-3, a média foi de 2,99 g por porção e todas atingiram o valor mínimo para “fonte de ômega-3”. Concluiu-se que a semente de linhaça é uma boa alternativa para incrementar a dieta com fibras e ômega-3 de origem vegetal, mas que as normas da ANVISA não são completamente obedecidas. Salienta-se a importância da educação nutricional no tocante a leitura de rótulos.