O emprego de ansiolíticos como estratégia no controle de Ansiedade na clínica odontológica

Abstract

A odontofobia é um problema facilmente encontrado no consultório odontológico e os benzodiazepínicos tem se mostrado uma opção no controle da ansiedade de muitos pacientes. No entanto, outros meios de controle da ansiedade podem ser utilizados e, para que se consiga determinar qual paciente se enquadra no perfil ansioso e que tipo de intervenção é necessária para controla-lo, muitos são os critérios a serem avaliados. O objetivo deste trabalho é analisar os aspectos comportamentais do paciente ansioso e discutir o manejo clinico e farmacológico do mesmo através de uma revisão de literatura. De acordo com a revisão os principais medicamentos indicados para o controle farmacológico da ansiedade (sedação consciente) pertencem ao grupo dos benzodiazepínicos, a saber: diazepam, lorazepam, triazolam, alprazolam e midazolam. Esses fármacos oferecem atividade farmacológica por ligarem-se à receptores específicos no Sistema Nervoso Central (SNC) diminuindo impulsos excitatórios que caracteriza sua ação ansiolítica, hipnótica, sedativa ou até anticonvulsivante, a depender do fármaco administrado. São reportados alguns efeitos colaterais, a saber: sonolência, tontura, cefaleia, náusea, secura na boca, glossite, distúrbios gastrintestinais, astenia, apatia, lassidão e parestesia e amnésia anterógrada. Outrossim, efeitos paradoxais, como: agitação, hostilidade, insônia e hiperexcitabilidade já foram reportados em situações eventuais. Os principais cuidados em relação ao uso desses fármacos estão relacionados às indicações e limitações como pacientes já utilizam medicamentos depressores do SNC, grávidas, pacientes portadores de doença broncopulmonar obstrutiva ou com insuficiência respiratória. O Óxido Nitroso é alternativa farmacológica para analgesia leve, redução de fluxo salivar e de náuseas, mas necessita de equipamento e treinamento para sedação de inalação consciente. Com base nas publicações analisadas, fica evidente a eficácia dos ansiolíticos como agentes controladores da ansiedade e torna-se responsabilidade do cirurgião-dentista reconhecer todos os sinais e sintomas que um paciente ansioso deverá manifestar para que o profissional possa lançar mão do uso desses medicamentos após o paciente odontológico não responder de maneira positiva às intervenções não-farmacológicas.