Diagnóstico precoce de leishmaniose visceral canina por técnicas sorológicas – relato de caso

Abstract

A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença de caráter zoonótica, crônica, multissistêmica, a qual a transmissão do agente etiológico do gênero Leishmania spp., ocorre pela picada do inseto hematófago flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. A LVC representa um grave problema de saúde pública, e é considerada uma doença potencialmente fatal, se não diagnosticada e tratada precocemente, e de forma adequada. A inespecificidade dos sinais clínicos, juntamente com a elevada casuística na espécie, é responsável por dificultar o controle da transmissão, e consequentemente o diagnóstico e tratamento da doença. Este trabalho tem objetivo de relatar um caso de leishmaniose visceral canina, abordando os principais aspectos dos testes sorológicos contribuindo para o diagnóstico precoce. Foi atendido no Centro de Medicina Veterinária Unifametro, um canino, sem raça definida, macho, castrado, cinco anos, pesando 23,500kg, apresentando membro torácico direito com volume aumentado e eritema em região rádio cárpica, de formato esférico, claudicação do mesmo, sensibilidade ao toque, como também região de dígito-ungueal, do membro supracitado, edemaciada e eritematosa, além de alopecia na região afetada. Diante da inespecificidade dos sinais clínicos apresentados, foram solicitados exames complementares e específicos para LVC para confirmação do diagnóstico. Com isso, após confirmado, iniciou-se a terapêutica de eleição, baseada no estadiamento da doença. Dessa forma, conclui-se que as opções em diagnóstico são diversificadas, e a ausência de sinais patognomônicos institui um difícil diagnóstico. Vale ressaltar que o diagnóstico precoce é imprescindível para um bom prognóstico, pois evita a evolução da doença, bem como aplicação de um tratamento adequado e o controle do vetor.