Tratamento fisioterapêutico em pacientes pós lesão medular no âmbito hospitalar: revisão integrativa

Abstract

A lesão medular é descrita como uma complexa patologia clínica e funcional, desencadeada pelo dano do tecido nervoso da medula. A lesão medular traumática é vista como a segunda maior incidência no mundo, com cerca de seis a oito mil novos casos por ano, representando 80% dos indivíduos do gênero masculino com idade entre 10 a 30 anos, tendo como causas mais comuns acidentes automobilísticos, quedas e ferimentos por arma de fogo. A fisioterapia possui um papel importante na assistência ao paciente lesado medular. Em decorrência do quadro clínico instalado, a intervenção fisioterapêutica prévia se inicia na chegada ao hospital, seja no pronto atendimento, na enfermaria ou na unidade de terapia intensiva (UTI). Acredita-se que a fisioterapia ameniza os efeitos patogênicos da imobilidade através da cinesioterapia, mobilização precoce, exercícios terapêuticos e o treinamento funcional que demonstraram resultados positivos das técnicas e das condutas no ambiente hospitalar, tornando-se relevantes para os indivíduos que se encontram na fase aguda, facilitando a transição rápida e eficaz para o processo de reabilitação. O presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a intervenção fisioterapêutica no âmbito hospitalar em pacientes com lesão medular. Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada através das bases de dados: LILACS, MEDLINE, Scielo e Ebscohost. Foram incluídos artigos originais em língua portuguesa, inglesa e espanhola sem corte temporal e excluídos arquivos com literatura cinzenta; capítulos de livros; teses e dissertações; além de palestras e resumos de congressos. A população incluída para elegibidade foi pacientes pós lesão medular, independente de sexo ou faixa etária. Esta revisão literatura integrativa evidenciou um consenso entre os autores em relação à eficácia da intervenção fisioterapêutica precoce no ambiente hospitalar em pacientes pós lesão medular, através de significativa estabilização do quadro clínico desses pacientes, manutenção da função motora, coordenação, sensibilidade e mobilidade articular.