Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem atuantes em terapia intensiva: uma revisão integrativa

Abstract

INTRODUÇÃO: O estresse ocupacional surge no campo da saúde como um problema real entre os profissionais da área devido às características exaustivas do trabalho. Sendo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) considerada pela equipe de trabalho como o ambiente mais traumático da instituição hospitalar, devido ao trabalho exaustivo e intenso, pois oferece assistência especializada a indivíduos em condições graves que necessitam de cuidados prolongados e intensivos. Um ambiente complexo e dinâmico exige concentração de recursos humanos e técnicos para monitoramento contínuo e intervenção emergencial. É importante dialogar sobre a síndrome de Burnout entre profissionais de UTI, pois a identificação de fatores pessoais, sociais, organizacionais e psicológicos associados com a síndrome é essencial para o desenvolvimento de ações preventivas para a saúde, pois quem cuida também precisa de cuidados. Espera-se, desta forma, sensibilizar os gestores e os profissionais que trabalham nesta área criar estratégias que possam minimizar os fatores estressantes, para que desta forma possamos melhorar a própria assistência de enfermagem. OBJETIVO: Descrever sobre os fatores envolvidos na Síndrome de Burnout no contexto dos profissionais de enfermagem atuantes em UTI, a partir da literatura científica. METODOLOGIA: O presente estudo caracteriza-se por uma revisão integrativa do tipo descritiva, exploratória. Incluíram-se artigos completos e disponíveis na íntegra, publicados nos últimos 5 anos de 2017 a 2022, que apresentassem discussão sobre a temática. Após a análise, as complicações causadas pelo burnout em profissionais de unidade de terapia intensiva. Os achados foram discutidos com embasamento da literatura científica acerca da temática, respeitando a integridade dos artigos e os direitos autorais, não havendo modificação do conteúdo encontrado em benefício desta pesquisa. RESUTADOS: Observou-se que há prevalência para desenvolvimento da síndrome está entre os profissionais com idade entre 20 e 30 anos, em especial no sexo feminino, com associação a alimentação inadequada, baixa adesão a práticas de atividades físicas e o pouco tempo livre para momentos de distração e socialização. Dor no peito, perda ou excesso de apetite, dificuldade com o sono estão entre os principais sintomas relacionado ao esgotamento emocional. A baixa remuneração salarial, a desvalorização profissional, o baixo índice de incentivo das empresas à qualificação profissional do colaborador, a rotina exaustiva, a sensação de insegurança durante a prestação de serviço, além da longa jornada de trabalho são fatores atenuantes para o esgotamento do profissional Devido a fatores como complexidade, estrutura física, ruído contínuos, equipamentos de alta tecnologia, exercícios extenuantes, sofrimento do paciente, dentre outros fatores, a UTI tornou-se potencialmente passível de ocorrência de estresse. CONCLUSÃO: Compreende-se que são vários fatores e geradores de estresse envolvidos, como as más condições de trabalho para a execução de tarefas sendo eles a baixa remuneração salarial e a falta de reconhecimento profissional, a sobrecarga de trabalho, discussões geradoras de estresse na equipe, ausência de sono eficiente, a falta de equipamentos adequados gerando a necessidade de fazer improvisos para prestar assistência adequada.