Papel apoptótico in vitro de probióticos em biomarcadores de câncer de mama: uma revisão integrativa

Abstract

A carcinogênese engloba alguns fatores, incluindo alterações gênicas, que acarretam mutações e proliferação de células cancerígenas, além disso, fatores ambientais, como estilo de vida, tabagismo, etilismo, sedentarismo e maus hábitos alimentares podem contribuir como fatores de risco do câncer. Em mulheres, o câncer de mama é o mais prevalente, acometendo cerca de 24,5 % de novos casos em nível mundial e mais de 600 mil mortes em 2020, tornando-o uma das principais causas de óbito entre as mulheres. Diante a alta mortalidade, são necessárias terapias químicas, de radiação e cirúrgicas com o objetivo de tratar o câncer, ainda assim, não existem soluções definitivas para o tratamento. Microorganismos vivos, sendo eles os probióticos, são estudados como possíveis terapias emergentes com o intuito de auxiliar no tratamento do câncer, a fim de evitar o uso de procedimentos invasivos e com efeitos colaterais, melhorando a qualidade do tratamento ofertado. Diante do exposto, o objetivo desse estudo foi investigar na literatura internacional, publicações sobre as evidências científicas a respeito do papel dos probióticos no tratamento de pacientes com câncer de mama. O estudo se trata de uma revisão de literatura integrativa realizada de agosto a setembro de 2021 com pesquisas por meio das bases de dados: Embase, Medline/Pubmed, Scopus, Web of Science e LILACS, sem recorte temporal e tendo como idioma a língua inglesa ou portuguesa. Após buscas, estudos foram incluídos nesta revisão. Todos os estudos são experimentais em modelos de carcinomas mamários com a utilização de bactérias ácido láticas, entre elas, das famílias bifidobactérias e lactobacilos, os quais buscaram avaliar a capacidade citotóxica e apopitótica de diferentes cepas. As cepas probióticas analisadas nesta revisão desempenharam papel importante na regulação do câncer de mama em modelos experimentais, inibindo a proliferação celular e a viabilidade tumoral.