Cena fictícia: sofrimento psíquico do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde

Abstract

A Atenção Primária à Saúde (APS), como principal porta de entrada ao atendimento em saúde da população, necessita de qualidade e eficiência nos seus processos. Para isso é necessário uma maior atenção à saúde física e principalmente psíquica dos profissionais que a compõem. O trabalho buscou descrever o sofrimento psíquico dos profissionais de enfermagem, principalmente os enfermeiros que atuam na APS, tomando como base a observação e vivência da autora como Interna de Enfermagem e a literatura nacional de artigos já publicados sobre o assunto. Visualizou-se uma escassez na produção de trabalhos sobre o assunto, na região Nordeste e principalmente na primeira década, o que nos remete a perceber uma crescente preocupação com o tema, seja pelo evento da pandemia do covid-19 ou por uma maior visibilidade de situações já existentes anteriormente. As atribuições dos enfermeiros que atuam na APS, a forma como as mesmas são executadas, e outros demais fatores existentes, podem contribuir para o surgimento do sofrimento psíquico nestes profissionais A amostra foi dividida em três categorias: trabalho e sofrimento psíquico, invisibilidade do sofrimento psíquico do trabalhador e repercussões para o cuidado, estas foram consideradas importantes diante do relato de experiência da autora que foi baseado na sua vivência como Interna de Enfermagem em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS).A conclusão se deu através da cena fictícia que apresentou-se como uma possibilidade de abordar o sofrimento psíquico relacionado ao trabalho dos enfermeiros na APS, pois ela buscou apresentar a realidade dos profissionais durante o trabalho e os fatores existentes que podem ou não contribuir para o surgimento do sofrimento psíquico.