Automedicação de antimicrobianos: revisão de literatura

Abstract

Atualmente consideram-se os medicamentos como tecnologias que são bens sociais, que ajudam na recuperação da saúde e em muitos casos melhoram a qualidade de vida das pessoas. Apesar do bem que os medicamentos podem fazer ao ser humano, o seu uso irracional, pode expor a saúde de quem o usa de forma indiscriminada a uma série de riscos, podendo inclusive ser causadores de doenças. É sabido que são inúmeros os fatores que podem levar um indivíduo a automedicar-se, indo desde a falta de acesso a consultas e medicamentos em unidades básicas de saúde, há compra facilitada destes medicamentos sem prescrição em farmácias e drogarias. Em estudos realizados recentemente mostram que os antimicrobianos são a terceira classe de medicamentos mais vendidos sem prescrição no Brasil, o denota um desconhecimento da população em relação aos malefícios que tal ato pode trazer a saúde. Diante da problemática exposta, o presente trabalho avaliou por meio da realização de uma revisão integrativa da literatura, a prevalência da automedicação de antimicrobianos pela população adulta no Brasil e sobre o conhecimento que as pessoas possuem sobre a automedicação. Para tal realizou-se uma busca de literatura nas bases de dados Scielo, Lilacs e Google Acadêmico utilizando os descritores “Automedicação”, “Uso irracional”; “Antimicrobianos”, encontrando-se ao todo 65 artigos. Utilizou-se como critérios de inclusão para a elaboração deste trabalho artigo que abordem a prevalência do uso irracional de antimicrobianos pela população adulta do Brasil, publicados entre os anos de 2011 e 2021, nos idiomas português, inglês e espanhol e que fossem de acesso gratuito. Exclui-se deste estudo artigos de revisão, editoriais, monografias, dissertações e teses, artigos com acesso restrito e pagos. Após aplicação destes critérios analisou-se uma amostra de 7 artigos, onde a partir da análise desses foi possível avaliar como fatores culturais e socio econômicos, como faixa etária, escolaridade e situação econômica estão associadas à pratica do uso irracional de medicamentos antimicrobianos. Também foi possível ligar a realização de prescrições mal feitas, assim como a não execução do papel farmacêutico de forma ética como fortalecedor da prático do uso não racional dessa classe de medicamentos.