Artrodese para tratamento de osteoartrite da articulação interfalangeana proximal em equino: relato de caso

Abstract

A articulação interfalangeana proximal (AIP) é uma articulação diartrodial, apesar de sua amplitude de movimento ser limitada a alguns graus. Por possuir movimentação limitada a alguns graus, sendo responsável por sustentar altas cargas, está propensa a desenvolver osteoartrite. O desenvolvimento da patologia está associado a uma cascata de processos mediados por citocinas, enzimas proteolíticas e outras substâncias pró-inflamatórias. A mesma é a causa mais frequente de claudicação em equinos, que desencadeia diminuição da performance, má qualidade de vida e inatividade atlética. O diagnóstico é realizado por meio dos sinais clínicos e exames de imagem, sendo a radiografia o exame mais comum para fechar o diagnóstico. As opções de tratamento da OA incluem métodos não-cirúrgicos ou os métoos cirúrgicos. Embora a terapia conservadora proporcione alívio temporário da dor, em muitos asos a claudicação só é resolvida por artrodese. Na AIP, a osteoartrite primária é a situação mais comum para artrodese cirúrgica. O objetivo do presente trabalho é relatar uma artrodese cirúrgica para o tratamento de uma osteoartrite da articulação interfalangeana proximal, utilizando uma placa combinada LCP (Placa de compressão bloqueada) de três furos, com dois parafusos adicionais corticais transarticulares. Foi encaminhado ao Hospital de Equinos Dra. Joilde Gadelha (HEDJG) um paciente equino, fêmea, 6 anos de idade, pesando 486 kg, raça Quarto de Milha, para o tratamento cirúrgico de osteoartrite da articulação interfalangeana proximal. Segundo histórico relatado pelo proprietário, o animal apresentou claudicação do membro torácico esquerdo após atividade física, o que motivou a avaliação clínica pelo médico veterinário responsável. Com isso, suspeitou-se de osteoartrite, sendo indicada uma avaliação radiológica para um diagnóstico preciso. Para tal, foram realizadas quatro projeções radiográficas. Confirmando o diagnóstico de osteoartrite da articulação interfalangeana proximal. Após três meses do procedimento cirúrgico, a paciente permanece internada com rotina de reabilitação. O proprietário optou em permanecer com a paciente por mais um mêsde internamento para um melhor acompanhamento do quadro clínico do animal. Conclui-se que a artrodese com a utilização da placa LCP de três furos, com dois parafusos corticais transarticulares adicionais foi uma conduta eficaz, estabilizando a articulação da paciente, garantindo uma qualidade de vida e a volta de uma vida atlética.