Saúde da mulher e as disfunções sexuais em acadêmicas do ensino superior

Abstract

A disfunção sexual, de acordo com a OMS, é definida como uma incapacidade permanente ou recorrente em um indivíduo, no período mínimo de seis meses, que não possui uma vida sexual desejável. É de suma importância um estilo de vida satisfatório associado a um bom equilíbrio emocional para que a sexualidade se mantenha com qualidade. Esse estudo teve como objetivo analisar o perfil das acadêmicas de uma instituição de ensino superior quanto às disfunções sexuais femininas. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, utilizando metodologia quantitativa, com uma amostra composta por alunas matriculadas em uma IES, com idades entre 18 e 45 anos e vida sexual ativa, onde, foi aplicado o questionário Índice de Função Sexual Feminina (FSFI), instrumento validado e adequado para avaliar a função sexual feminina, sendo possível analisar os 6 domínios da resposta sexual. A idade, o tempo relacionamento e até mesmo o uso contínuo de métodos contraceptivos hormonais tornam-se um pré-requisito para as disfunções sexuais. Obteve-se a presença de queixas no domínio orgasmo, como também achados no domínio desejo e excitação podendo-se questionar a possibilidade de estimulação diminuída em diversos aspectos, quando se perguntado pela resposta sexual nas últimas 4 semanas. Falar sobre sexualidade ainda é uma temática rodeada de influências que podem, de maneira negativa, intervir na função sexual, sendo gatilhos para as possíveis disfunções sexuais femininas. Fazem-se necessários mais trabalhos e intervenções na área da sexualidade, pois são uma temática ainda pouco explorada em diversos aspectos que variam desde a idade, religião até mesmo preconceitos impostos pela sociedade e pelo próprio público feminino. Podendo contribuir para a literatura escassa fornecendo para as pessoas informações sobre o assunto e fortalecendo a promoção e prevenção da saúde sexual e reprodutiva do público feminino.