Validação de cartilha educativa para os cuidados com o pé diabético

Abstract

Introdução: Dentre as complicações do Diabetes Mellitus (DM), destaca-se o pé diabético, por ser considerado importante problema de saúde coletiva, em detrimento do impacto social e econômico em escala mundial. Para tanto, cuidados simples como: corte adequado das unhas, hidratação dos pés, secagem entre os dedos, dentre outros, podem ser efetivos para evitar ulcerações e/ou amputações. O uso de tecnologias educativas, poderá ajudar no entendimento do paciente sobre a importância desses cuidados. Assim este estudo visa validar uma cartilha educativa para os cuidados com o pé diabético. Métodos: Trata-se de um estudo metodológico com abordagem qualitativa, realizado no período de outubro a novembro de 2020, onde participaram nove juízes, oito com expertise na área de estomaterapia e um na área do designer. A cartilha intitulada “Prevenindo e cuidando do pé diabético” foi construída por uma enfermeira especialista em estomaterapia em 2019. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) de uma instituição de ensino superior sob o parecer de número 3.164.340. Resultados e discussão: Dentre os juízes, teve-se o material avaliado por profissionais de regiões distintas do Brasil, sendo seis (66,7%) do Nordeste e três (33,3%) das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. No tocante ao IVC total da análise de conteúdo, esta vertente foi considerada válida com pontuação de 0,957, aproximadamente, 0,96. Ao se referir à validação de aparência, foram avaliados três tópicos, estes em conjunto com seus subtópicos receberam pontuação máxima de IVC, sem exceção. Nesse contexto, o IVC total da aparência de 1.0. Apresentando IVC global de 0,97 a tecnologia educativa submetida ao processo de validação atinge pontuação satisfatória considerando a literatura base utilizada pelos autores. Considerações finais: mediante a avaliação dos juízes experts a cartilha educativa atingiu um IVC global de 0,97, sendo assim considerada válida para circulação. Logo acredita-se que a tecnologia tem potencial para auxiliar durante as estratégias de educação em saúde. Como limitação do estudo temos o quantitativo resumido de juízes, bem como a não validação clínica.