Como ocorre o rompimento e a permanência do relacionamento abusivo em mulheres?

Abstract

O presente trabalho objetiva discutir sobre os fatores psicossociais da violência doméstica: da permanência ao rompimento do ciclo. Sobre a metodologia, trata-se de uma revisão integrativa, definiu-se como por que uma mulher dá continuidade a uma relação violenta, mesmo depois de já ter constatado que o ciclo é repetitivo, que as promessas não se cumprem e que as fases de lua-de-mel são invariavelmente sucedidas por outro período de tensão e de explosão de violência? para a revisão: os fatores psicossociais do relacionamento abusivo: da permanência ao rompimento do ciclo. A partir daí, realizou-se a busca por artigos publicados em Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PEPSIC), Scielo, psycinfo e BVS em português, inglês e espanhol. A relação abusiva, na sua fase inicial, é caracterizada por comportamentos de posse e de ciúmes, através dos quais o parceiro procura controlar o cotidiano da vítima. Enquanto possíveis causas para a perpetração da violência, as vítimas identificam, em conjunto com os ciúmes, as características psicológicas, as patologias e os comportamentos aditivos. A escalada da violência (ou o medo dea), a necessidade sentida de quebrar o medo, uma primeira agressão física ou um episódio mais intenso, bem como a existência de filhos são os motivos apontados como triggers para a vítima efetuar uma denúncia formal da situação de mártir. Acerca do retorno a uma relação abusiva é motivado pelo medo, dependência emocional, pedidos de desculpas por parte do agressor e pela solidão sentida. A violência doméstica e familiar contra a mulher, especificamente a abordagem sobre relacionamento abusivo, é um fenômeno que pode acarretar diversos prejuízos, não se restringindo a determinada raça, classe social, etnia, escolaridade, idade. O estudo se divide em 2 capítulos que perpassam os fatores psicossociais do relacionamento abusivo desde a permanência ao rompimento do ciclo; os vínculos familiares; a reinserção comunitária e o processo de reintegração através da profissionalização e da religião; os relacionamentos abusivos; e, por fim, o serviço de psicologia no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Consiste na prática de atos maléficos perpetrados por sujeitos que tem uma relação de afetividade com a vítima. Conclui-se que a violência contra a mulher é um persistente fenômeno histórico, social e cultural, que ainda hoje viola alguns direitos considerados inalienáveis ao ser humano, como o respeito à dignidade e à vida.